As fontes de informação tomadas como base para iniciar esse processo, sempre estiveram apoiadas em raciocínio crítico.
Sempre tivemos noção do ponto A para se atingir um provável ponto B. Isso foi de geração em geração ganhando mais base e proporcionou chegarmos até o ponto que estamos agora de forma orgânica e progressiva.
O que acontece hoje em dia é a perda desse respeito à tradição e de tudo o que nos trouxe até aqui.
A geração atual não se preocupa com a qualidade da informação que consome nem tem a base do passado para ancorar as suas opiniões. O empobrecimento das fontes tornam o pensamento formado a partir deles fútil e sem relevância.
Quando não se tem alicerce para estruturar qualquer coisa, seja ela uma casa ou um pensamento, a construção se torna frágil e suscetível ao erro.
Ignorar esse pronto primordial, torna o pensamento vazio e não importa o que venha depois, acaba sem fundamento.
Talvez o grande desafio da nova geração seja mesmo se entender em um mundo em que a opinião alheia importa mais do que a própria. Em um mundo em que tantos espelhos não refletem virtude. Em que a inspiração é buscada em tanta coisa sem importância. Em vidas escancaradas na web que reluzem como ouro mas que no fundo são tão ofuscadas quanto a frustração de tentar mostrar quem não é. Ou talvez entender que felicidade não é alimentar o ego mostrando pro mundo quão incrível é sua vida e quão foda você é. Quem é realmente feliz não tem a necessidade de mostrar o comprovante. A verdadeira felicidade não se alimenta de torcida da platéia, que diga-se de passagem, na Web nem sempre é favorável a você.
Em um mundo em que quem não é visto não é lembrado, a grande pergunta a se fazer é: Quem eu quero mesmo que não me esqueça de verdade?
Ou: “Eu preciso realmente ser lembrado por todo mundo?”
Ou ainda: “ De quem eu não quero me esquecer?
Que a influência que serve de inspiração seja genuína e relevante para que as pessoas também busquem inspiração em você. Que faça com que as suas referências sejam ao menos dignas de menção.
Se orientar com pés firmes sem se deixar desviar pela distrações ao longo do caminho também é crucial em um mundo em que a velocidade da informação faz com que a absorção do importante se dilua ao mar de irrelevância.
Enquanto humanos nativos da era da tecnologia, talvez o desafio seja buscar personalidade própria sem se deixar influenciar com tanto conteúdo de qualidade questionável, em uma arena em que nasce um novo expert em qualquer assunto a cada novo clique.
Talvez o grande desafio seja continuar tendo as rédeas da própria vontade e encontrar harmonia em um mundo de tanto caos. Ou talvez simplesmente seja de não deixar o intelecto infartar depois de uma dancinha no tik tok.
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